Por Maria Clara Melchioretto. , sábado, 24 de julho de 2010 22:54

Aparece, entra no meu lar, leva o que há de bom, leva o que eu consegui terminar.
Fala que não, não é nada, não somos nada, não quero nada.
E volta. E leva tudo. No meu jardim, planta falsas esperanças, até saudade, e sem querer, deixa cair uma semente de ódio.
Agora diz que sim. Repetidamente. Insiste, diariamente. E volta novamente. Cuida do meu jardim, cuida da minha casa, cuida de mim.
E vai embora. Nem deu notícias, até agora.
Nem sei se volta. Nem sei porque veio. Pra causar um estrago imenso, pois causou.
Deve estar roubando algum outro coração, alguma outra boca, alguma outra paz, alguma outra.
Vou queimar as pétalas de saudade, de ódio e etc, e agora não adianta. Porque nem sem essa fumaça, eu respiro mais.
E quando eu estiver no alto, não me peça pra pular. De novo.

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