Por Maria Clara Melchioretto. , quinta-feira, 26 de maio de 2011 20:21

Eu costumo abandonar as coisas que amo.
Uma hora estou aqui, cobrando o seu oxigênio.
Outra hora fecho os olhos,
E já não sei aonde estou.
Só sei que te deixei, com seus planos e sua tv.
Não que eu me sinta bem com isso,
Eu só não sinto nada.


Por Maria Clara Melchioretto. , domingo, 22 de maio de 2011 20:20


Preciso pensar.

Remoto controle.

Por Maria Clara Melchioretto. , sexta-feira, 20 de maio de 2011 20:01

Quase como uma hipnose.
Eu poderia ficar um dia inteiro, dois, ou três dias seguidos
Me divertindo nesse quadrado virtual.
Procurando fatos ou suposições diversas sobre mim,
Sobre o meu amor. Minuciosamente. Obsessivamente. Interpretando-as de 15 mil formas diferentes, só pra ver se algum detalhe não escapou dos meus cílios.
Ou clicando, freneticamente, o botão esquerdo: 'salvar imagem como',
salvando imagens de doces. O dia inteiro.
Uma overdose de glicose virtual.
Feliz em encontrar vírgulas erradas em textos que julgo melhores que o meu.
Sentindo o meu nervo infernal aliviado.
Nada mais do que uma explosão passageira de algum sentimento maligno guardado.
Triste.
Porque eu estou a cinco mil passos por segundo fazendo as mesmas coisas todos os infinitos dias.
E fazendo coisas que eu não sei.
Lendo palavras que eu não conheço.
Olhando para números indecifráveis.
Enferrujando o meu cérebro com gotas de estresse e goles de coca-cola,
Como um robô de 1984.
Sem coração pra bater,
E sem tempo pra respirar.

Por Maria Clara Melchioretto. , segunda-feira, 16 de maio de 2011 20:34



Chega de protestos.
Chega de gritos, ídolos e perguntas.
Brindem o meu silêncio.
Porque no fundo todos estão indo embora.
Todos vão.
Não posso mais criar uma guerra por sentir necessidade da tua presença.
Ou, simplesmente, saudade.
Até porque as guerras também acabam.
Ou levanto a bandeira da paz, ou mato todo mundo. Esse é desfecho.
Então penso nas voltas do mundo. Uma hora eu vou estar no topo.
Não é vingança. É consentimento.
Tenho que aceitar. Temos.
É melhor calar, antes que a loucura venha à tona.

Por Maria Clara Melchioretto. , domingo, 1 de maio de 2011 18:22